Edições Fénix

Organizadora: Luisa Tiago de Oliveira - Género: Ensaio - Páginas: 832

Este livro debruça-se sobre o activismo estudantil no IST entre a Segunda Guerra Mundial e o final dos anos 1970. Ocupa-se das lutas estudantis, do funcionamento e do lugar da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST) e das culturas estudantis, atendendo as suas praticas quotidianas.
Alem de um estudo, a obra contem uma cronologia e uma lista dos estudantes e engenheiros do IST presos pela PIDE/DGS. Inclui ainda 19 entrevistas a dirigentes estudantis desse período que não tiveram medo de se “meter em politica”, contribuindo assim para o fim do Estado Novo, da Guerra Colonial e, depois do 25 de Abril, para a construção do Estado 
Social.

Autores: Manuel Dias Duarte - Género: Ensaio - Páginas: 240

A integração de Portugal na Monarquia Católica não foi pacífica e as polémicas não cessaram durante a Dinastia Filipina. A questão de uma moeda única nunca se pôs, mas os estatutos políticos quer de Portugal quer dos restantes Reinos foram sistematicamente contestados, por uns, defendidos, por outros.
No caso português, deveríamos ter integrado a Monarquia Católica ou não? Deveríamos sair do que estava paulatinamente a transformar-se numa Monarquia Espanhola? Deveriam ou não aproveitar os portugueses a abertura ao mercado das possessões espanholas? Não se queixavam os espanhóis da forte concorrência dos comerciantes portugueses nessas paragens, cristãos-novos quase todos? Que importância teria um tal mercado comum para todos os reinos ibéricos?
Nos anos 40, venceu, em Portugal, a facção restauracionista. As elites aragonesas pactuaram com Madrid. A tentativa dos andaluzes abortou. A Galicia contentou-se com pouco. A Catalunya saiu mais prejudicada, tendo a sua independência sido relegada para as calendas gregas.

Autores: Manuel Dias Duarte - Género: Ensaio - Páginas: 336

Os anos que decorreram entre a Batalha de Toro e a Batalha de Alcântara incarnam o período áureo do comércio internacional (a partir de África e da Índia para o continente americano) de mão-de-obra, iniciado por Portugal e logo seguido por Castela.
Corresponde igualmente este período à criação do estado-nação, centralizado e mercantilista, imposto graças a uma política de terror da responsabilidade da Inquisição.
O Concílio de Trento bem tentou regulamentar as relações de género, em desfavor das mulheres, mas sem sucesso, dado o poder, a autoridade e a resistência de muitas delas.
Na cultura, o Renascimento foi coarctado logo à nascença pela Contra-Reforma sendo o seu projecto melhor realizado na construção de fortalezas do que na literatura e nas artes obrigadas a obedecerem às directivas contra-reformistas.
Os desentendimentos entre “atlantistas” e “europeístas” agudizam-se mas a natureza (biológica) se encarregará de conduzir os reinos ibéricos para uma união ibérica polémica desde o início.

Autores: Manuel Dias Duarte - Género: Ensaio - Páginas: 168

Portugal e a Espanha, numa perspectiva eurocêntrica, vangloriam-se de terem dado “novos mundos ao mundo”, apelidando eufemisticamente tal proeza por “epopeia dos descobrimentos”. Na verdade, a “epopeia” resumiu-se a uma política de construção de bases militares (fortalezas) ao longo da costa africana, destruição de aldeias, roubo de bens comunitários, genocídios e aprisionamento de pessoas que foram arrastadas à força para a Península Ibérica para serem vendidas como mão-de- obra servil e exportadas para o continente americano, para “bem longe da casa de seus pais”.
É igualmente nos meados do século XV que se coloca, pela primeira vez, em Portugal, a alternativa: “entrar para a Europa” (tese de D. Pedro) ou prosseguir a conquista da costa africana (D. Duarte e, particularmente, D. Afonso V).
Os próximos livros da Coleção a serem publicados são:
IV Volume – De Toro a Alcântara
V Volume – A Monarquia Católica

Autores: Manuel Dias Duarte - Género: Ensaio - Páginas: 244

Desejosos os borgonheses de dominar toda a Hispânia, a Época dos Reinos Combatentes desenrola-se com feroz rusticidade e barbaridade. Na necessidade de aumentar os seus territórios, os “senhores da guerra”, entre os séculos XI e XIV, combatem-se uns aos outros. É o Reino de Castela o mais bem-sucedido nesta política de anexação e de ocupação.
Sob pretexto de converter o infiel e disseminar o cristianismo da Ordem (francesa) de Cluny, Castela pretende refazer a antiga unidade visigoda.
A esta política castelhana de ir derrotando os reinos vizinhos um a um, se opuseram os restantes reinos, taifas e condados ora escolhendo para aliados antigos rivais ora para novos rivais anteriores aliados. Cristãos e maometanos ora se hostilizam ora se coligam contra outros maometanos ou outros cristãos.
A Época dos Reinos Combatentes entrecruza-se com o período áureo da cultura andaluza e a estagnação da cultura cristã. Na literatura, em contraste com a notável quantidade de poetisas sarracenas, poetisas cristãs se as houve, não deixaram obra. A ciência e a filosofia são andaluzas.
Será a Borgonha francesa a trazer para a península, uma nova teologia, as canções de amor da Provença, os cantares (ou canções) de gesta, o românico e o gótico.
Os próximos livros da Coleção a serem publicados são:
III Volume – De Aljubarrota a Toro
IV Volume – De Toro a Alcântara
V Volume – A Monarquia Católica

Autores: Manuel Dias Duarte - Género: Ensaio - Páginas: 208

O presente opifício nem é uma outra Crónica Geral de Espanha nem uma História da Península Ibérica no sentido científico e académico do conceito.
Trata-se de um ensaio sobre a condição das mulheres que vivem desde há séculos na “parte mais ocidental da Europa”, um modesto subsídio para a compreensão do seu protagonismo e uma tentativa de as motivar para “entrarem na História” de onde sempre se quiseram manter afastadas.
Volumes seguintes:
II Volume – Época dos Reinos Combatentes
III Volume – De Aljubarrota a Toro
IV Volume – De Toro a Alcântara
V Volume – A Monarquia Católica

Autores: Alexandre Luís & Carla Luís - Género: Ensaio - Páginas: 108

O volume agora dado à estampa, que dedicamos essencialmente aos nossos alunos da Universidade da Beira Interior, reúne alguns trabalhos que redigimos em parceria entre 2014 e 2016, todos eles decorrentes da nossa participação, na qualidade de oradores, em eventos científicos internacionais. Os textos em apreço incidem sobre matérias como a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, o Estado Novo e o Lusotropicalismo, a génese da CPLP, a valorização da língua portuguesa como língua científica internacional e a relação entre o Departamento de Letras da UBI e a Lusofonia.

Autores: Eduardo M. J. Camilo - Org: Ana Leonor Morais Santos - Género: Ensaio - Páginas: 184

Na contemporaneidade, a comunicação não mais pode ser reduzida a mero sistema de transferência de informação, seja na dimensão interpessoal, seja na vertente mediatizada, constituindo-se também como dispositivo de ‘formação’, no âmbito do qual os sujeitos procuram mutuamente condicionar-se e alcançar um consenso.
Como descortinar estas práticas onde se vislumbram fenómenos discursivos de influência, de pressão, de boicote, de desilusão, de rancor ou de mágoa, de deslumbramento ou de convicção? E como aferir o estatuto da manipulação e da persuasão no âmbito de tais práticas?

(...)

Autores: Mideus Santos Lico - Género: Ensaio - Páginas 148

(...) este texto assume-se como um recurso para o debate reflexivo sobre as possibilidades de construir uma Escola para todos – Uma escola em direção e sentido, sem excluídos ou invisíveis. Nesta linha de pensamento se situa a jovem paquistanesa Malala Yousafzai (2013) quando ao discursar na Assembleia das Nações Unidas lembrou “uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”.
Como já foi dito, este estudo que agora se publica em livro e que me honro de prefaciar regista a capacidade de reflexão da autora para questionar sobre a escola e os professores, abordando a participação docente em direção (e sentido) à educação inclusiva, dando voz aos professores. Considero, pois, que se trata de um texto rigoroso, reflexivo, pertinente e atual sendo que a autora procurou uma linguagem sugestiva que convida à leitura.
in Prefácio
Evangelina Bonifácio
Escola Superior de Educação de Bragança-IPB

Autores: Evangelina Bonifácio - Género: Ensaio - Páginas - 224

O presente trabalho, que agora se publica, procurou evidenciar os factores que desafiam a profissionalidade docente no quadro da nossa contemporaneidade e influenciam a imagem social daprofissão, tendo em referência a situação dos professores doensino básico.Tentou-se sobretudo perceber em que medida as transformações societais se reflectiram na escola portuguesa e no paradigma de desempenho dos professores. A sociedade do século XXI surge como uma sociedade fortemente complexa, em processo de mutação acelerada, confrontando-nos com um tempo incerto, fluido e vulnerável.

Autores: Vários - Género: Ensaio - Páginas - 204

Neste livro coletivo, dedicado a Mário Cláudio e a Portugalidade, “há notáveis e variadas interpretações dessa imagologia, ou seja, dessa «portugalidade» reflectida nas imagens que os portugueses têm de si mesmos, das suas origens, da sua história, da sua cultura e das suas idiossincrasias. […] Em suma: todos estes textos, no seu conjunto coerente e na sua fértil variedade, constituem um contributo exemplar e precioso, diria até definitivo, para o estudo aprofundado de uma obra literária incomparável como é a de Mário Cláudio. Obra que perdurará, sem dúvida, na história da nossa literatura por ser, simultaneamente, tão portuguesa como universal” (Álvaro Manuel Machado).

Autores: Manuel Dias Duarte - Género: Ensaio - Páginas - 290

ORIENTE E OCIDENTE - DIÁLOGO OU CONFRONTO?

Autores: Marcus de Noronha da Costa - Género: Ensaio - Páginas - 196

O presente volume contém os comentários do Autor aos Relatórios, classificados de secreto, remetidos pelo último Governador-Geral de Moçambique, o Eng.º Manuel Pimentel dos Santos entre Janeiro de 1973 e Janeiro-Fevereiro de 1974, para o Presidente do Conselho de Ministros, Prof. Doutor Marcello Caetano. Estes falam por si, demonstram a angústia existencial do Eng.º Pimentel dos Santos, impulsionador de um grande esforço de desenvolvimento económico, conseguido no seu mandato de governo interrompido pelo 25 de Abril, mas derrotado por uma espartilhada, deficiente e tardia promoção socioeconómica e cultural da população africana, (...)

Autores: Manuel Dias Duarte - Género: Ensaio - Páginas - 260

Na passagem do modo de produção comunitário para o modo de produção esclavagista, os povos criaram novas instituições políticas, económicas e culturais destinadas a facilitar a transição. Cumpriram esse papel, na Ásia (China, Índia, Irão) e na Europa (Grécia), as “cidades-estados”, a servidão doméstica, a filosofia, a religião e a ciência.
As mulheres, pelo seu poder e autoridade, desempenharam um papel determinante no processo de transformação das mentalidades.

Autores: Manuel Dias Duarte - Género: Ensaio - Páginas - 230

A obra e o pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels são um marco incontornável para o pensamento moderno e pós-moderno, dado estarmos perante uma verdadeira “ruptura epistemológica”. Podemos aceitar ou não aceitar as suas teses, mas o pensamento de ambos faz hoje parte integrante do património cultural da Humanidade, e depois deles nunca mais se pôde filosofar como se a amizade e a colaboração entre ambos nunca tivessem existido.